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Teatro e Dança

Luciana Luthi reúne Experiência Sensorial no Espaço Cultural Renato Russo

Com recursos do FAC/DF e apoio do Ministério da Áustria, a programação ainda inclui o workshop “Dramaturgias do Circo: uma reflexão entre produções contemporâneas do Brasil e Áustria”, que será ministrado por Will Lopes

Tamires Rodrigues

21/06/2024 5h00

Foto: Divulgação/Corpos de LuS

Explore uma experiência transcendental com Corpos de LuS, uma fusão magnética de arte sonora, eletrônica e eletroacústica, circo, butoh e visuais, marcando a estreia de Luciana Luthi em Brasília após anos de imersão na Europa. Neste fim de semana, o Espaço Cultural Renato Russo será palco dessa jornada sensorial interativa, onde cada movimento conta uma história de conexão humana e autodescoberta.

“Corpos de LuS realmente é a intersecção de várias linguagens. Não é apenas um espetáculo de música, mas a música é uma parte fundamental, especialmente a música eletrônica feita ao vivo com sintetizadores, criada por uma mulher. Além disso, uso muito minha voz e canto como elementos essenciais. A dança é outra linguagem poderosa presente, especialmente através do butoh, uma forma de expressão que tenho explorado profundamente. O circo, que ocupou um papel central em minha vida por muitos anos, também está integrado ao projeto. As artes visuais desempenham um papel significativo no cenário e nas projeções visuais”, declara Luciana Luthi em entrevista exclusiva ao JBr.

Foto: Divulgação/Corpos de LuS

Em Corpos de LuS, cada elemento – desde o circo à poesia do som – é um convite para explorar novas perspectivas. Apoiada pelo Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal e pelo Ministério da Áustria, Luli convida o público a participar de uma experiência que transcende fronteiras e desperta reflexões profundas.

“Estamos também desenvolvendo um filme como parte deste projeto, que será o resultado de toda essa pesquisa. Ele abordará tanto as artes visuais quanto o audiovisual, complementando a experiência global. Uma característica marcante é a interação do público, que em determinado momento entra no cenário, envolvendo-se com os diferentes cheiros e texturas criados. Encorajo o público a vir sem expectativas pré definidas, prontos para experimentar algo que transcende definições convencionais”, comemora Luthi.

Foto: Divulgação/Corpos de LuS

Após o workshop, será exibido o filme “Sisters with Transistors”, documentário que celebra as pioneiras da música eletrônica, mulheres visionárias que desafiaram normas de gênero e transformaram a paisagem sonora do século XX. Dirigido por Lisa Rovner, o filme destaca o impacto duradouro de seu trabalho na música eletrônica contemporânea.

Confira a entrevista completa com a artista Luciana Luthi:

JBr: Esse projeto busca realizar a reflexão com base na subjetividade. Essa sempre foi a ideia?

Luciana: Sim, tem uma questão com a subjetividade muito forte, para responder a sua segunda pergunta, mas eu acredito que também está no coletivo essa subjetividade, no sentido de que a maternidade, que é um tópico que eu trago, a solidão, esses medos e dores que a gente sente e que estão impregnados muitas vezes no nosso corpo e muitas vezes em nossas emoções numa pós-pandemia, então acho que tudo isso está no coletivo, então as pessoas vão se reconhecer nas minhas falas, eu acredito, porque fala sobre isso, dessa solidão que todo mundo ou, dos medos e de como a gente vem se recuperando disso nessa pós-pandemia.

JBr: A proposta da experimentação sensorial, proporcionando uma interatividade com a plateia, faz com que o espectador consiga se conectar com o seu trabalho. Como artista, o que você espera dessa conexão?

Foto: Divulgação/Corpos de LuS

Luciana: Com o cenário sensorial, que as pessoas am por ele, meu objetivo é que as pessoas se sentissem confortáveis, que elas experimentassem cheiros, que elas experimentassem essa textura, que elas se sentissem um pouco… É um teatro, mas não é um teatro, né? Então, levar um pouco do mundo de fora para dentro do teatro.

JBr: Conta um pouquinho sobre o workshop, com a exibição do filme “Sisters with Transistors”.

Luciana: Vou começar falando dos patrocinadores, porque a gente tem patrocínio do FAC, do Conexão Cultura e do Ministério da Cultura Austríaco. Então, o diretor artístico do projeto, ele é de Brasília, mas mora na Austríaca, já há muitos anos, e vai ser muito legal ver ele aqui porque, o Igor Lopes, é uma pessoa que, assim como eu também, está entre as interseções das artes, e ele vai dar um curso exatamente falando sobre isso, dentro da dramaturgia e as experimentações no circo, que foi recentemente conectado lá com o projeto desse, e ele vai trazer isso. 

Em sequência, a gente vai ar esse filme, que se chama “Sisters with Transitions”, que é um filme que fala da história do mundo. Da música eletrônica relacionado com as mulheres, que foram grandes criadoras dentro desse universo que é tão masculino, que tem pouquíssimas mulheres, que não é nada inclusivo que conta essa história das criações dos sintetizadores, de como a música eletrônica é vista porque muitas vezes as pessoas no geral desconhecem e acham que a música eletrônica é DJ e o DJ toca músicas de pessoas e essas músicas e às vezes faz novas leituras mas a música eletrônica não se limita à cultura do DJ, então esse filme vai trazer isso, vai trazer essas informações e com esse foco feminino, eu acho isso super forte.

Serviço:
Espetáculo: Corpos de LuS
Espaço Cultural Renato Russo
Local: Teatro Galpão Hugos Rodas
Datas: 20 a 23 de junho
Horário:
Sexta e sábado, às 20h
Domingo, às 18h (com intérprete de libras)
Ingressos: Gratuitos

Workshop: Dramaturgias do Circo: uma reflexão entre produções contemporâneas do Brasil e Áustria.
Espaço Cultural Renato Russo
Local: Teatro de Bolso
Data: 22 de junho
Horário: Das 14h às 16h

Exibição do Documentário
Sisters with Transistors
Espaço Cultural Renato Russo
Local: Teatro de Bolso
Data: 22 de junho
Horário: 16h30

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