A Bolsa de Nova York fechou em alta nesta sexta-feira (6), impulsionada pelo mais recente relatório sobre o emprego nos Estados Unidos, cujos números, melhores do que o previsto, aliviaram preocupações com uma possível desaceleração econômica no país.
O índice industrial Dow Jones subiu 1,05%, o tecnológico Nasdaq avançou 1,20% e o amplo S&P 500 ganhou 1,03%.
“O relatório sobre o emprego foi mais sólido do que o previsto”, o que “tranquilizou os investidores, mesmo com tudo o que está acontecendo em termos de tarifas e inflação”, disse à AFP Adam Sarhan, analista da 50 Park Investments.
No mês ado, a maior economia do mundo criou 139 mil empregos, menos do que em abril (147 mil, número revisado para baixo), mas acima do esperado pelos operadores (cerca de 125 mil, segundo o consenso publicado pelo MarketWatch).
A taxa de desemprego permaneceu inalterada, em um nível considerado próximo ao pleno emprego (4,2%), e os salários subiram um pouco mais do que os analistas esperavam: +0,4% em um mês (frente a previsões de +0,3%).
“A economia [americana] e o mercado continuam muito resistentes” e “a questão é quando, e não se, atingiremos novos máximos”, comentou Sarhan.
“Até agora, o mercado de trabalho foi pouco afetado pela guerra comercial” lançada pelo presidente Donald Trump, afirmou em uma nota Christoph Balz, do Commerzbank.
“No entanto, é provável que ainda estejam se acumulando muitos efeitos negativos, (…) então esperamos números mais baixos nos próximos meses, mas não uma recessão”, acrescentou o economista.
Embora este relatório tenha animado o mercado de ações, isso poderia atrasar a chegada de uma redução nas taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed, banco central).
Assim, por volta das 20h15 GMT (17h15 no horário de Brasília), as taxas dos títulos do Tesouro americano a 10 anos dispararam para 4,51%, frente aos 4,39% do dia anterior.
Os investidores também valorizaram o anúncio de Trump de novas conversas comerciais com a China, que ocorrerão na segunda-feira em Londres.
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