Mais do que funcionalidade e estética, o mobiliário pode se tornar a peça-chave de um projeto de interiores quando carrega a de um designer. As arquitetas Vanessa Paiva e Claudia arini, do escritório Paiva e arini Arquitetura, defendem que o design autoral revela a personalidade do morador e imprime valor simbólico e duradouro ao ambiente.
“Uma peça assinada carrega não apenas forma e função, mas história, arte e permanência. Vai além do que os olhos captam à primeira vista”, afirma Vanessa. Segundo Claudia, a escolha por um móvel de design não é casual: “É uma manifestação de gosto, iração e afeto. Quando o cliente chama uma poltrona pelo nome que o autor lhe deu, isso mostra o entendimento sobre sua importância no espaço.”
Design e durabilidade: uma união que vale o investimento
Outro aspecto valorizado pelas arquitetas é a durabilidade — tanto física quanto emocional — dessas escolhas. “As peças autorais têm esse poder: elas permanecem e atravessam gerações sem perder relevância ou afeto”, ressalta Claudia. Para elas, investir em design assinado é garantir não só beleza e sofisticação, mas também permanência e memória.
As arquitetas ressaltam que o conceito de design assinado não se limita a móveis. Tapetes, luminárias e objetos decorativos também podem carregar essa , desde que cumpram um papel estético e funcional no conjunto do projeto.
“Cada item precisa ter um porquê: seja pelo desenho, pela história ou pela memória afetiva. Nosso trabalho é equilibrar beleza, propósito e acolhimento”, explicam.
Para as arquitetas, valorizar o design brasileiro é também uma forma de reconhecer a cultura e os talentos nacionais. “Nosso acervo criativo é vasto e merece protagonismo nos projetos contemporâneos”, concluem.
