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Após viver momentos difíceis, rapper de Ceilândia conta história de superação

Arquivo Geral

14/07/2016 21h11

Atualizada 15/07/2016 19h51

Arquivo Pessoal

Rosana Jesus
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O movimento hip hop foi a válvula de escape para o rapper Rodrigo Silva sair do crime. Morador de Ceilândia, ele se apegou ao rap para superar os oito anos que ou na prisão. Condenado por homicídio, o artista foi solto em novembro de 2013. Atualmente, Rodrigo considera a cultura como um meio de sobrevivência e garante não se arrepender de nada do que fez, pois serviu de aprendizado.

“O rap é o ar que eu respiro, uma das minhas razões de viver. Se não fosse por ele, nem sei o que seria de mim”, desabafou o integrante dos grupos Coletivo Deus Por Noiz, Versão 157 e Guindart 121. Apaixonado por arte, Rodrigo trabalha como grafiteiro também. “Conheci o grafite na infância, mas ele só ou a ser o meu sustento depois que sai da prisão. Por meio da minha arte eu procuro promover a paz e a prática de fazer o bem”, relatou.

Ainda segundo o rapper, o tempo em que ou no sistema penitenciário serviu de amadurecimento. “Eu levava uma vida completamente sem regras, até o momento em que fui preso. Hoje isso mudou completamente”, afirmou. O artista também ministra palestras em escolas e faculdades do Distrito Federal, onde costuma divulgar o movimento hip hop.

“O objetivo é alertar os adolescentes sobre os perigos das drogas e as consequências de se envolver com o crime. Esses jovens precisam estar cientes da realidade. Depois de tudo o que ei, me sinto no dever de fazer parte disso. Costumo dizer para eles, que se o errado fosse bom, as pessoas não saiam dele”, pontuou.

Questionado sobre uma das maiores emoções que viveu, Rodrigo disse que foi ter a oportunidade de cantar com a mãe, no palco da Smurphies Disco Club, para milhares de pessoas. Na ocasião, a dupla interpretou a canção “Tipo Assim”, que fala sobre o medo de ser feliz e descreve a relatividade da felicidade. “Sou feliz por tudo o que eu tenho. Se não fosse por minhas escolhas e decisões, talvez hoje eu não estaria vivendo essa entevista”, concluiu.

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