O Paris Saint-Germain finalmente tirou o peso das costas. Após anos de frustração, gastos bilionários e decepções épicas, o clube francês conquistou neste sábado (31), pela primeira vez, o título da Champions League — e não foi qualquer vitória. Foi um massacre histórico: 5 a 0 sobre a Inter de Milão, em Munique, na maior goleada já registrada em uma final da competição.
Mas o que essa conquista tem a ver com o futebol brasileiro? Tudo, simplesmente, tudo!
O PSG de hoje não é mais aquele time estrelado e desorganizado que empilhava nomes como Neymar, Messi e Mbappé, mas empacava quando o jogo exigia alma coletiva. A obsessão por levantar a “Orelhuda” já havia transformado o clube no símbolo da frustração de projetos montados apenas com dinheiro e marketing. A virada começou com uma decisão corajosa: desmontar o circo midiático e entregar o comando a um técnico sério, disciplinador e detalhista — Luis Enrique.
Quando o espanhol chegou a Paris, Neymar ainda estava por lá, mas foi rapidamente escanteado. Mbappé, ídolo e artilheiro, saiu. O PSG deixou de perseguir ídolos globais e ou a formar um time. O resultado? Um elenco jovem, coeso, entrosado, com uma ideia clara de jogo, um capitão brasileiro (Marquinhos) liderando silenciosamente e um futebol funcional que atropelou adversários até a glória máxima.
A vitória do PSG não é só um triunfo do planejamento sobre o estrelismo. É um sinal de esperança para o Brasil. Afinal, a Seleção Brasileira vive dilema semelhante: falta de grandes craques, pressão por títulos e uma torcida descrente. Mas também tem agora um técnico de altíssimo nível: Carlo Ancelotti, que conhece Luis Enrique como poucos — e que já venceu cinco vezes a própria Champions League (2 com o Milan e 3 com o Real Madrid).
Se Ancelotti conseguir replicar o modelo de trabalho que deu certo no PSG — foco na tática, disciplina, meritocracia, construção de um grupo sólido em vez de nomes midiáticos — a Seleção Brasileira pode voltar a ser competitiva em alto nível, mesmo sem um Neymar em seu auge ou um Ronaldo Fenômeno no ataque.
Luis Enrique provou que é possível vencer com jogadores pouco badalados, desde que se tenha ideias claras, trabalho duro e comando. A Seleção Brasileira precisa exatamente disso. O futebol mudou. Hoje, vence quem joga como time — e não quem desfila com craques.
O PSG venceu a Champions com autoridade, mas o que essa conquista deixou mesmo foi uma mensagem: a era dos talentos isolados está acabando. O futuro é coletivo. E talvez, só talvez, o Brasil esteja finalmente pronto para entender isso.