Na próxima segunda-feira (2), o Conselho Deliberativo do Palmeiras se reunirá para votar o relatório da comissão de sindicância que recomenda o afastamento por um ano do conselheiro vitalício Celso José Bellini. A medida tem como base uma denúncia de conduta considerada inadequada, ocorrida no segundo semestre de 2024, envolvendo um grupo de menores de idade na sede social do clube.
De acordo com a denúncia, Bellini teria feito comentários de cunho impróprio a cinco meninas dentro de um elevador, na presença de outros dois meninos. A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, afastou Bellini preventivamente por 90 dias e determinou a abertura de sindicância para apurar o caso. Após colher depoimentos, a comissão recomendou seu afastamento por um ano das atividades sociais do clube.
A defesa do conselheiro, no entanto, contesta o teor da denúncia e afirma que ele não será julgado por assédio sexual. Em nota enviada à coluna Futebol Etc, os advogados Juliana Ramos de Oliveira Catanha Alves e Alessandro de Oliveira Brecailo argumentam que o Ministério Público do Trabalho concluiu não haver qualquer crime ou conduta que pudesse ser classificada como assédio.
Segundo os defensores, o que está em julgamento no Conselho do Palmeiras é apenas uma suposta infração estatutária, sem relação com crime. A nota também diz que um laudo de leitura labial — encomendado pela defesa e incluído nos autos do inquérito e da sindicância — comprova que a frase atribuída a Bellini (“elas bem que poderiam fazer uma brincadeirinha”) nunca foi dita. O que teria sido dito, segundo o laudo, foi apenas: “quanta gente bonita”.
A defesa ainda questiona o procedimento da sindicância, que teria ouvido apenas as supostas vítimas e ignorado os dois meninos que estavam no local e seriam testemunhas do ocorrido. Os advogados reforçam que qualquer acusação pública de assédio contra Bellini, neste momento, “representa um atentado à sua honra e à de sua família”.
O Palmeiras ainda não se pronunciou oficialmente sobre o posicionamento da defesa.