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Comer Rezando
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Patinho Feio chega fazendo bonito

Novo bar na Asa Norte aposta em botecagem criativa, drinques autorais e happy hour estendido em ambiente que combina aconchego e irreverência

Max Cajé

06/06/2025 13h45

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Foto: Divulgação

Com uma proposta eclética e democrática, o Patinho Feio Bar abriu há poucas semanas na Asa Norte e já se destaca com um cardápio assinado pela chef Júlia Almeida, que une criatividade, memória afetiva e muita sustância. Entre os destaques, há quitutes autorais, drinques variados e chope gelado servido no ponto.

O bar fica no centro comercial entre a 102 e a 103 Norte e reúne dois climas em um só espaço: a varanda boêmia que convida a longas conversas e o ambiente interno mais intimista, com uma decoração que remete aos charmosos speakeasies.

Na cozinha, os clássicos da botecagem ganham toques autorais e receitas de família. Um bom exemplo é o bolinho de galinha com recheio temperado, inspirado na avó da chef. A versão da casa é um croquete de galinha caipira com aioli de cúrcuma e falso caviar de quiabo (R$ 42), que impressiona logo na primeira mordida. O mix de conservas é ótima pedida para abrir os trabalhos, e o belisco preferido — crocante de pele de frango com tartare de carne bovina, maionese de bacon e ervas frescas (R$ 45) — acompanha perfeitamente uma rodada de chope.

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Foto: Divulgação

Entre os mais inusitados, o “Jiló sem preconceito” surpreendeu. Confesso que não sou fã de jiló, mas aqui ele aparece empanado com queijo curado e farinha panko, servido com maionese de cachaça adocicada (R$ 27). Mudou completamente minha percepção sobre o ingrediente.

Outro ponto forte da casa é o happy hour estendido, provavelmente o mais longo da cidade: das 11h às 21h. Chope Brahma sai por R$ 9; Aperol Spritz, Moscow Mule, Gin Tônica e Caipirinha de Abacaxi custam R$ 20; o Cozumel sai a R$ 13,90 e o Casa Silva Chardonnay, por R$ 96 a garrafa.

Para dividir, a chef sugere um mix parrillero com coração bovino, linguiça suína artesanal e ancho suculento, acompanhado de duas guarnições à escolha — entre elas, arroz cremoso com brócolis defumado, batata frita, salada cítrica de couve e vinagretes de caju ou maxixe. Tudo por R$ 170.

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Foto: Divulgação

Quem prefere um PF também encontra boas opções na seção de Comida Popular Brasileira. Provei o “Do Sertão à Mesa”: filé mignon de sol na manteiga de garrafa, arroz vermelho, purê cremoso de feijão verde e sour cream (R$ 72). A porção é generosa, bem temperada e com ponto da carne impecável.

A primeira impressão que o Patinho Feio deixa é de muito potencial. O conceito democrático aparece tanto nas opções do cardápio quanto nas possibilidades de bebida — da cerveja ao vinho, dos drinques autorais aos shots. E ainda tem almoço executivo, que ficou na lista pra próxima visita.

No mar de novos botecos que têm ocupado as quadras de Brasília, o Patinho Feio acerta ao misturar elementos que já funcionam com um toque de identidade própria — mérito da visão da chef Júlia Almeida. E o melhor: sem música ao vivo. Ufa!

Serviço
Patinho Feio
102/103 Norte, em frente ao Eixinho.
Funcionamento:
Segunda, das 11h30 às 15h;
Terça a quinta, das 11h30 às 15h e das 17h à 0h;
Sextas e sábados, das 11h30 à 1h;
Domingo, das 11h30 às 18h.

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