O grande herói americano protagonizado por Harrison Ford, viveu no imaginário coletivo de cinéfilos por gerações, ao lado de Steven Spielberg e George Lucas o personagem ganhou o status de ícone do cinema. “Indiana Jones e Os Caçadores da Arca Perdida” (1981), “Indiana Jones e o Templo da Perdição” (1984), “Indiana Jones e a Última Cruzada” (1989) e “Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal” (2008) se tornaram aventuras ricas em detalhes, ação, história e muito carisma. Sempre visto com uma personalidade forte, Dr. Henry Walton Jones Jr (nome verdadeiro do veterano) já não é o mesmo e nem deveria ser.
No novo longa lançado nesta quinta-feira (29), “Indiana Jones e a Relíquia do Destino”, Jones começa sua história em um pequeno apartamento, com muitas louças sujas e uma televisão ligada sem nenhuma aventura à vista. Ele perdeu sua essência? Claro que não, mas se trata de um personagem que já ou por muita coisa e é lógico que a autocrítica faz parte da vida em algum momento.

Indiana Jones, encontra-se em uma nova era, aproximando-se da aposentadoria, ele luta para se encaixar em um mundo que parece tê-lo superado. Mas quando as garras de um mal muito familiar retornam na forma de um antigo rival, o veterano deve colocar seu chapéu e pegar seu chicote mais uma vez para garantir que um antigo e poderoso artefato não caia nas mãos erradas. Mas, desta vez, ele tem o sangue de uma nova geração para o ajudar nas suas descobertas e na sua luta contra o vilão Jürgen Voller (Mads Mikkelsen). Acompanhado de sua afilhada, Helena Shaw (Phoebe Waller-Bridge), o arqueólogo corre contra o tempo para recuperar o item que pode mudar o curso da história.
O filme acerta completamente no tom nostálgico que se consolidou no mercado cinematográfico nos últimos anos em franquias já conhecidas como a última trilogia de “Star Wars” iniciada em 2015 ou a continuação de “Blade Runner” (1982), “Blade Runner 2049” (2017), também protagonizada por Harrison Ford. Na nova aposta mais uma vez exploram as narrativas históricas já abordadas nos outros longas como os vilões nazistas, outro ponto interessante são as menções aos outros filmes do aventureiro que para quem conhece a história do professor de arqueologia vai encontrar diversos easter eggs.

Phoebe Waller-Bridge interpreta Helena Shaw – Foto: Divulgação/Walt Disney Studios Motion Pictures;
Pela primeira vez Steven Spielberg não assina a direção de Indiana Jones, James Mangold assume um manto difícil de ser assumido, o diretor acaba não inovando em basicamente nada, pelo contrário seu filme lembra em todos os aspectos, obras de Spielberg, cortes de cena, iluminação chapada, câmeras de lado, foco nos detalhes secundários, marcas registradas do experiente cineasta.
A direção de arte é assinada por Adam Stockhausen, é traz um toque completamente modernista, mesmo o filme se ando nos anos 1960, como roupas, relatos históricos e também os cenários. A trama se desenvolve com um pano de fundo mais feminista, por conta da personagem da atriz Phoebe Waller-Bridge, que diferente dos outros filmes do “Indiana Jones”, assume um papel de parceira do protagonista ou seja não é vista como uma simples moça em perigo. Outro ponto que vale todos os aplausos é a trilha sonora, composta pelo grande compositor John Williams que brilha com músicas que tornaram a franquia tão querida.

Foto: Divulgação/Walt Disney Studios Motion Pictures;
Harrison Ford se despede de um dos personagens mais emblemáticos de sua carreira, sua nova versão de Indiana Jones, pode até parecer perdido ou mais esquecido em determinadas cenas, mas vale destacar que ele não é mais um jovem herói em busca de uma nova aventura, ele é um professor no fim dos seus trabalhos acadêmicos, que tenta se manter relevante, faz todo sentido Jones está sem foco, ele ou por grandes perdas e faz parte da fase mais velha de qualquer pessoa ar por incertezas ou questionamentos.
Conclusão
Indiana Jones e a Relíquia do Destino é um filme repleto de nostalgia, que pode sim ar uma mensagem de esquecimento do personagem principal, porém se despede com respeito e justiça ao protagonista que marcou gerações.
Confira o trailer:
Ficha técnica:
Direção: James Mangold;
Roteiro: James Mangold, Jez Butterworth, John-Henry Butterworth;
Elenco: Harrison Ford, Phoebe Waller-Bridge, Mads Mikkelsen, Thomas Kretschmann, Boyd Holbrook, Toby Jones, Shaunette Renée Wilson, Antonio Banderas, John Rhys-Davies;
Gênero: Ação, Aventura;
Distribuição: Walt Disney Studios Motion Pictures;
Duração: 142 minutos;
Classificação Indicativa: 14 anos;
Assistiu à cabine de imprensa a convite da Espaço/Z