Menu
Analice Nicolau
Analice Nicolau

Tratamento pioneiro para câncer de tireoide evita cirurgia e não deixa cicatriz

Ablação por radiofrequência é minimamente invasiva, dispensa anestesia geral e permite retorno rápido às atividades; técnica já é usada no Brasil por médicos especializados

Analice Nicolau

26/05/2025 19h00

imagem do whatsapp de 2025 05 26 à(s) 17.03.48 ead9d15c

Antônio Rahal. (Foto: Divulgação)

O câncer de tireoide é o quinto mais frequente entre mulheres de 20 a 65 anos, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). A estimativa é de 13.780 novos casos por ano no Brasil — 11.950 em mulheres e 1.830 em homens.

Entre os sintomas mais comuns relacionados a disfunções da tireoide estão alterações no peso, cansaço excessivo, queda de cabelo e unhas frágeis, além de mudanças de humor e no ciclo menstrual.

imagem do whatsapp de 2025 05 26 à(s) 17.03.49 9c3484ac
Câncer de tireoide é três vezes mais comum em mulheres. (Foto: Internet)

Uma das principais dúvidas de pacientes diagnosticados com câncer na glândula é se o tratamento deixará cicatriz. A boa notícia é que um procedimento minimamente invasivo, a ablação por radiofrequência, tem se mostrado uma alternativa eficaz à cirurgia tradicional — e sem marcas visíveis.

“Esse método evita cirurgia, não deixa cicatriz, dispensa anestesia geral, preserva a função hormonal da tireoide e permite que o paciente retome suas atividades em poucos dias”, explica o radiologista intervencionista Antônio Rahal, um dos pioneiros da técnica no Brasil ao lado do cirurgião Erivelto Volpi.

imagem do whatsapp de 2025 05 26 à(s) 17.03.49 98534c54
Procedimento só pode ser realizado por profissionais especializados em radiologia intervencionista. (Foto: Pexels)

O tratamento é feito com anestesia local e leve sedação. O paciente não precisa de internação e pode voltar para casa cerca de duas horas após o procedimento. Segundo Rahal, a principal vantagem da ablação é justamente a preservação da função da glândula, o que reduz a necessidade de reposição hormonal e melhora a qualidade de vida.

A técnica consiste na inserção de uma agulha fina diretamente no nódulo, guiada por ultrassom. Essa agulha emite uma corrente de alta frequência que aquece e “mata” o tecido tumoral. Ao longo dos meses seguintes, esse tecido é naturalmente absorvido pelo corpo, reduzindo de forma significativa o volume do nódulo — em alguns casos, até 97%.

“O tecido destruído começa a regredir como se fosse uma cicatriz interna. Em até 12 meses, o tumor desaparece ou é substituído por tecido saudável, com apenas 10% do volume original”, afirma o médico.

O procedimento deve ser realizado por profissionais especializados em radiologia intervencionista ou cirurgia de cabeça e pescoço.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado