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Analice Nicolau
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Érika Abreu faz cobertura em Cannes, onde Brasil brilhou com Kleber eleito Melhor Diretor e Wagner Moura Melhor Ator

A jornalista conversou com Kleber Mendonça Filho, eleito melhor diretor, e Wagner Moura, vencedor como melhor performance masculina com o filme: “O Agente Secreto”

Analice Nicolau

29/05/2025 11h00

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A jornalista Érika Abreu conversou com Kleber Mendonça Filho, eleito melhor diretor, no Festival de Cannes 2025.

Na 78ª edição do Festival de Cannes, o cinema brasileiro teve uma das participações mais marcantes da história recente do evento. Kleber Mendonça Filho foi consagrado como Melhor Diretor e Wagner Moura venceu como Melhor Performance Masculina com o filme; O Agente Secreto. A Palma de Ouro ficou com o iraniano Jafar Panahi, pelo impactante filme “It Was Just an Accident”, mas o Brasil mostrou que está cada vez mais próximo do maior prêmio do festival.

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A atriz Maria Fernanda Candido, do elenco de “O Agente Secreto”, também foi entrevistada por Érika.

O país foi o convidado de honra desta edição e se destacou em diversas frentes, tanto na competição oficial quanto em mostras paralelas. A presença brasileira foi robusta e celebrada, com produções que reafirmam o talento, a identidade e a diversidade do nosso cinema.

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Gabriel Leone também esteve no festival e sedeu entrevista a RedeTV!

O filme: “O Agente Secreto” A consagração brasileira

Dirigido por Kleber Mendonça Filho, o filme O Agente Secreto é um suspense político ambientado durante a ditadura militar brasileira. Denso, silencioso e provocador, o longa mergulha nas engrenagens da repressão e nas escolhas ideológicas de um país marcado por feridas profundas.

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Elenco de “O Agente Secreto” em entrevista coletiva.

A estreia em Cannes foi celebrada com frevo no tapete vermelho. Acompanhado por Wagner Moura, Gabriel Leone, Maria Fernanda Cândido e Robério Diógenes, Kleber Mendonça levou para a Croisette o ritmo e a força da cultura nordestina. O grupo foi aplaudido de pé no Grand Théâtre Lumière, antes mesmo da exibição começar, um gesto raro que marcou o momento como um dos mais emocionantes do festival.

Além da aclamação crítica ao filme O Agente Secreto, uma seleção de curtas dirigidos por cineastas brasileiros também ganhou o olhar atento da imprensa e do público. As produções mostraram que o Brasil não só ocupa espaço, mas também imprime personalidade e potência nas telas.

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Diretor Karim Aïnouz também foi outro nome de peso que conversou com Érika.

Entrevistas exclusivas com destaques internacionais

Além da cobertura do cinema nacional, a jornalista Érika Abreu também garantiu entrevistas exclusivas com nomes de peso da mostra principal. Entre eles, o diretor sul-africano Oliver Hermanus e o ator irlandês Paul Mescal, responsáveis pelo filme “ The History of Sound, A história do som, uma das obras mais comentadas desta edição.

Hermanus falou sobre o uso do silêncio como recurso narrativo. “Percebi que a ausência de som, nessa história em particular, era mais poderosa do que tentar te inundar com sons. Isso levou o filme a um lugar novo”, explicou.

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O diretor espanhol Oliver Laxe, premiado com o t Jury Prize, também foi entrevistado por Érika.

Paul Mescal também compartilhou impressões marcantes: “O som representa a vida para o personagem; a ausência de som, a morte. Sempre me atraem filmes em que o público pode projetar algo no personagem quando ele não está falando. Isso representa um desafio para o ator, mas também um presente para quem assiste.”

Outro destaque foi a conversa com o diretor espanhol Oliver Laxe, premiado com o t Jury Prize — traduzido como Prêmio Especial do Júri — pelo filme Sirât. Filmado em 16mm e estrelado por atores profissionais e não profissionais, o longa é uma metáfora sensorial sobre espiritualidade e reconexão.

“A gente gosta dessa vulnerabilidade, dessa energia humilde. Filmamos em película porque é outro tipo de verdade. É química, e eu sou química. As imagens me penetram de uma forma melhor que um pixel”, disse Laxe, emocionando o público com sua resposta.

A Quinzena dos Cineastas, uma das mostras paralelas mais prestigiadas de Cannes, abriu com quatro curtas-metragens do projeto Directors’ Factory Ceará Brasil, liderado pelo diretor Karim Aïnouz. A iniciativa reuniu jovens cineastas brasileiros com diretores da França, Portugal, Cuba e Israel, em uma ponte criativa que mistura ancestralidade, mitos e contemporaneidade.

Em entrevista à RedeTV!, Karim exaltou a força dessas novas narrativas: “Eu vi histórias que eu nunca vi antes na vida. O Nordeste tem personagens maiores do que a vida, e trazer essas histórias para Cannes é um gesto político e poético.”

Cobertura completa pela RedeTV!

A cobertura especial do Festival de Cannes 2025 foi exibida no programa Leitura Dinâmica, da RedeTV!, apresentado pela jornalista Gabi de França. Com reportagens exclusivas da enviada especial Érika Abreu, a emissora acompanhou o festival de ponta a ponta, entrevistando os grandes nomes da edição e celebrando o lugar de destaque que o Brasil conquistou na Riviera sa.

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