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Alta Velocidade
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Brasil torce pela estreia de Drugovich

João Luiz da Fonseca

02/06/2025 13h31

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brasileiro revelou que a participação no GP do Canadá de Fórmula 1, caso aconteça, será prioridade (Instagram)

A Aston Martin contou apenas com Fernando Alonso na corrida de domingo do GP da Espanha, o qual marcou seus primeiros dois pontos na temporada ao terminar em nono lugar.

Isso porque Lance Stroll desistiu da disputa após o treino classificatório, por dores no pulso. O canadense seria substituído por Felipe Drugovich, mas o brasileiro não pôde ser escalado devido a uma norma da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), que impede o piloto reserva de correr caso o titular já tenha participado da sessão de classificação, etapa obrigatória para garantir presença no grid de largada.

Se o piloto lesionado tivesse deixado o circuito antes da definição do grid, Drugovich entraria em cena representando o Brasil e a equipe da Aston Martin.

A ausência do brasileiro no circuito da Catalunha frustrou os fãs brasileiros, mas a boa notícia é que o piloto pode ter sua sonhada chance de estrear na F1, caso Lance Stroll não se recupere até a próxima etapa da temporada, o GP do Canadá,  que acontece em 15 de junho.

Contudo, a data coincide com o dia em que o brasileiro foi confirmado para correr nas 24 Horas de Le Mans, na classe principal do WEC, em sua estreia na prova com a Cadillac pela equipe Action Express Racing, ao lado de Pipo Derani e Jack Aitken.

Embora seja uma prova de grande relevância no calendário do automobilismo internacional, com estrelas como Felipe Nasr, Daniel Serra, Daniel Schneider, Augusto Farfus e Dudu Barrichello também  representando o Brasil, Drugovich revela que estaria disposto a abrir mão da  tradicional competição.

Falando sobre a lesão de Lance Stroll, o piloto desejou melhoras ao colega de equipe, mas afirmou que, caso apareça a oportunidade, a F1 seria a primeira opção, com a consequente desistência de Le Mans.

E a chance do brasileiro assumir o cockpit do carro #18 da Aston Martin é muito grande, uma vez que Stroll vai operar o punho nesta semana.

“No momento, nem sei direito como vão acontecer as coisas daqui para frente. Primeiro de tudo, temos de desejar melhoras para o Lance, mas em relação à Le Mans, minha prioridade sempre foi a Fórmula 1. Então, acho que isso é o que deve ser mantido até lá”, comentou.

Trajetória

Aos 25 anos, Felipe Drugovich nasceu em Maringá, no Paraná, possuindo nacionalidades brasileira e italiana.

O piloto começou a carreira no automobilismo ainda criança, aos oito anos, e seguiu triunfando em campeonatos de kartismo pelo Brasil e Europa.

A paixão pelo automobilismo foi influência dos tios, Oswaldo Drugovich Júnior, campeão da Fórmula Truck, e Cláudio Drugovich, que já competiu na Fórmula Ford. Em 2011, Drugovich conquistou seu primeiro o campeonato brasileiro de kart.

O jovem paranaense já venceu também o Campeonato Espanhol de Fórmula 3, em 2017, e a Eurofórmula Open, em 2018. Seu título mais marcante foi o Campeonato de Fórmula 2 da FIA em 2022, quando tinha apenas 22 anos.

Drugovich é membro do Programa de Desenvolvimento de Pilotos da Aston Martin desde 2023.  Como piloto reserva, já participou de cinco treinos livres e três sessões de testes de fim de temporada pela equipe britânica de Fórmula 1, além de ter percorrido mais de 5000 km em testes privados.

Enquanto aguarda a estreia na F1, o piloto mantém uma árdua rotina de preparo físico para as corridas. “Gosto de pedalar e nadar, mas, por causa das viagens, o mais fácil é botar o tênis e sair para correr”, ressaltou o jovem talento brasileiro, que tem como ídolos Niki Lauda, Lewis Hamilton e Ayrton Senna.

Considerado uma das grandes revelações do automobilismo, Felipe está também entre os nomes que a Cadillac tem em vista para a sua estreia na Fórmula 1 em 2026.

A equipe confirmou oficialmente a sua entrada no campeonato a partir de um acordo com a General Motors. E em busca de dois pilotos para a temporada de estreia, Drugovich surge como um potencial candidato, tendo mantido recentemente conversas com a equipe, com a qual mantém uma boa relação, devido exatamente à sua participação em corridas de endurance, como as 24 Horas de Daytona e as 24 Horas de Le Mans.

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